Ser pobre e negra trouxe para Geni muitos conflitos interiores. Já
adulta, continuou enfrentando barreiras impostas pela sua cor. Para
vencê-las, traçou uma meta de vida e chegou lá! Lutou e continua lutando
com armas poderosas que adquiriu durante sua vida: amor, carinho,
afeto... O mundo seria melhor se os homens deixassem, assim como Geni,
que essas poderosas armas brotassem em seus corações?
Narrado em primeira pessoa, em linguagem despretensiosa, focando cenas
cotidianas de um ambiente rural, o livro encanta pelas passagens que
conduzem uma criança negra da inocência infantil ao entendimento
juvenil. Seu amadurecimento, experiência, surpresas, suas enfim
conclusões sobre as pessoas e o mundo ocorrem de maneira delicada, porém
constante e contundente. Expõem inequivocamente a discriminação
explícita, o preconceito velado, as ilusões da menininha e os sonhos da
mocinha. Sonhos simples e que, afinal, se realizam.
Destaque para a impressão de que estamos vivendo sua vida, e não
apenas lendo sobre ela – tal a naturalidade do estilo e a construção
pé-no-chão dos personagens.
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